Um Pouco da nossa História

São poucos e dispersos os elementos que possuímos para podermos elaborar o historial da Fundação da nossa associação.

Porém, com base em testemunhos orais de dois elementos que fizeram parte do corpo ativo da fundação, João Pereira (Sarradeiro) e João Maria Gomes (Pronto), podemos adiantar que foi a partir de Março de 1935, que surgiu o movimento para a sua criação, graças à iniciativa de um punhado de homens de boa fé e de um querer inquebrantável, entre os quais torna-se justo realçar os saudosos Emídio José Rodrigues 1º Comandante e José Martins Barreiro, 2º Comandante, que à custa de peditórios e saraus culturais, conseguiram a concretização do seu grande anseio.

A  escassez  de meios financeiros, obrigaria os fundadores a recorrerem à aquisição de material usado, eventualmente disponível noutras corporações, tendo sido adquiridas em Vila Nova de Gaia, uma bomba de Braçal e um carro de material, que foram festivamente recebidos na nossa vila, onde chegaram em 22 de Dezembro (Dia da Tradicional Feira do Mel).

Bomba Braçal 1935

Primeira Bomba desta associação de marca Carl-Meter, adquirida na empresa Paredes Granja de Vila Nova de Gaia.
Compra com um valor de 14.850$00 valor este que também compreendia a primeira carreta de material.

No entanto, para que fossem viáveis estas aquisições, muito contribuiu a valiosa dádiva de mil escudos, da bondosa senhora D.ª Maria Cândida de Sá Malheiro Garcia de Morais – de Campos de Lima.

Para recolha do primeiro material, foram cedidos os fundos do Salão do Tribunal, que passaram a constituir o 1º quartel, tendo sido instalada a Sede de uma sala de um prédio existente no lugar das Fontainhas, pertencente à senhora D.ª Maria Azevedo, vindo mais tarde a ser transferida para um edifício da Rua do Terreiro, gentilmente cedido pela Família Sampaio e Mello, onde nasceu o ilustre e saudoso Barquense Dr. Eduardo Cruz.

O alarme de incêndios, era dado ao toque de uma sineta que ainda existe no antigo edifício da Câmara Municipal a que se seguia o repicar dos sinos da Igreja Matriz.

A este toque toda a gente corria…

O medo do fogo era muito maior que hoje, já que o material era demasiado escasso e insuficiente para o combater.

A comparência dos bombeiros, fazia-se notar a presença das raparigas e mulheres da terra, que se muniam de envasilhas de toda a espécie para transportarem água, não só para atacarem o incêndio, como também para encherem a bomba braçal, tornando mais eficiente a ação dos Bombeiros.

Com todas as dificuldades e contrariedades de então, em 1940 era adquirida a primeira viatura a motor de marca CHEVROLLET a qual em 1949 viria a ser trocada por uma outra de marca STUD BEIKER, que dadas as suas precárias condições acabaria por apodrecer.

CHEVROLET 1926

Primeiro veículo do Corpo Ativo, adquirido em estado de usado, teve um custo de 3.050$00 e com adaptações efetuadas, no valor de 3.500$00, na oficina de carruagens José Alves Franco em Ponte de Lima.
Entrou ao serviço dos Bombeiros Barquenses no ano de 1938.

Em 1960, foi comprada por 7.500$00 uma viatura marca PLYMOUTH, para ser adaptada a Ambulância por 80.000$00.

As precárias condições em que se encontrava instalado o Quartel, fizeram com que a direção viesse a alugar os baixos de um edifício, pertencente ao Senhor Manuel Rodrigues, para ai instalarem o que viria a ser o 2º Quartel da Corporação.    

Porém, com o decorrer dos tempos esta solução não passaria de um simples remédio, já que, o mesmo era insuficiente para albergar as viaturas então existentes. E, com carências de toda a ordem assim se foi desenvolvendo a nossa Associação.